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Mulheres no artesanato e arte indígena

  • Foto do escritor: Larissa Morelli
    Larissa Morelli
  • 20 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Existem, em média, 300 de etnias de índios no Brasil, portanto, é preciso ter em mente que não existe "arte indígena", e sim "artes indígenas". Mas, mesmo cada uma delas tendo costumes diferentes, por conta do desenvolvimento de características próprias, muitas dessas práticas culturais são encontradas em várias tribos.

Como o foco é arte feminina, os exemplos e explicações a seguir irão girar em torno do aspecto da mulher, portanto nem todas as artes existentes serão citadas, mas para os mais curiosos, há diversos sites e livros que abordam tais artesanatos e costumes.

É comum que, ao referir-se à mulher indígena, a ligação feita é em relação aos afazeres “femininos” em uma comunidade, como cuidar dos filhos, fazer a comida, cuidar da casa etc. Isso ocorre por estarmos inseridos em uma sociedade conservadora com as mulheres com esses papéis citados tradicionalmente pré definidos, portanto automaticamente associamos eles a qualquer comunidade existente.

A visão enganosa, enquadra-as somente como “do lar”, porém elas têm grande importância nas decisões da aldeia, na roça e na arte. Por exemplo, povo Puyanawa não teria a técnica da pesca tradicional se não fosse graças a uma mulher. Nos momentos em que as mulheres se dirigem aos roçados para colher macaxeira ou banana é onde elas podem aprender muito sobre a cultura e seus processos de tomada de decisão.


Colares e pulseiras

Segundo a lenda, foi para as mulheres que a sagrada jiboia Yube ensinou os mistérios e os segredos dos kenê (desenhos que dependendo da sua forma geométrica, representam guerreiros; heróis; animais; espírito da floresta; valores espirituais etc. e são sagrados) e dos mitos do seu povo Huni Kuin (atualmente localizados no Acre).

As famosas e populares pulseiras e colares Huni Kuin (Kaxinawá) são feitas de miçangas e, quando feitas por uma mulher são chamados kene kuin (desenho verdadeiro) e que traz uma energia especial e verdadeira dos ancestrais. Porém, quando feitas por homens, são conhecidos como dami (desenho qualquer, coisa, etc), que são bonitos e são da cultura, mas não tem a energia espiritual e sagrada dos ancestrais. Vale citar que outros povos indígenas locais tem, de modo geral, a mesma regra.


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Cerâmica

Ela é praticada principalmente pelas mulheres, que criam recipientes e esculturas. Além disso, para embeleza-las, costumam pintar. Os indígenas não utilizam a roda do oleiro, mas mesmo assim conseguem desenvolver as peças.

Nem todas as tribos indígenas fazem essa prática cultural, o que fez com que os índios que a desenvolveram, realizassem com exemplaridade, assim suas formas e pinturas são o resultado,

A primeira arte de cerâmica brasileira foi a cerâmica marajoara. É conhecida no exterior e seu nome é por conta de onde se originou: a Ilha de Marajó é conhecida no exterior.

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Pintura corporal

A pintura corporal é usada em certos rituais e, de acordo com o gênero e a idade. Sua finalidade é indicar os grupos sociais, ou a função de cada indivíduo na tribo. As tintas utilizadas nessa arte são geralmente naturais, ou seja, são feitas de plantas e frutos. O jenipapo é o fruto mais utilizado para fazer tinta. Os índios a utilizam para escurecer a pele, enquanto o urucu, por sua vez, dá o tom vermelho.

São as mulheres que pintam os corpos, cujos desenhos carregam valor simbólico, visando retratar um momento ou um sentimento específico.


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Cestos

São usados para uso doméstico, na manutenção e transporte de alimentos. É mais praticado pelas mulheres, que desenvolvem variadas formas de trançados e em diferentes formatos.


Existem vários tipos, mas os mais comuns são:

Coadores - para coar líquidos;

Tamises - para peneirar farinha;

Recipientes - para guardar diferentes materiais;

Cargueiros - para transportar cargas.

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“Tinha coisas que eles vendiam para a gente por um preço muito baixo. Falamos: ‘não dá para vocês venderem por menos que isso. Em quanto tempo vocês fazem essa peça? Como vocês obtêm a matéria-prima?’”:





Fontes: https://www.todamateria.com.br/arte-indigena-brasileira/, https://www.xapuri.info/movimentos-sociais/povos-indigenas/mulher-indigena-diversos-olhares-muitos-papeis/, https://www.xapuri.info/povos-indigenas-2/arte-artesanato-indigena-estetica/

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Em uma sociedade que ainda não da o devido valor a artistas mulheres, é necessário popularizar essas revolucionárias que inspiram artisticamente e em suas lutas e resgatar a memória das que foram esquecidas, marginalizadas e/ou têm fatos de suas vidas invisibilizados, por meio da história, sociologia e arte.

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